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Da BBC Brasil
Um estudo realizado na Grã-Bretanha indica que casais parecem mais dispostos a ter um bebê portador da Síndrome de Down hoje do que na época da introdução de exames de diagnóstico pré-natal.
Segundo a Associação para Síndrome de Down britânica, em 2006 nasceram 749 crianças com o problema, comparados com 594 em 1990, um ano depois em que começaram a ser feitos os exames.
A entidade perguntou a mil casais por que decidiram seguir adiante com a gestação mesmo tendo recebido o resultado positivo para a síndrome, e descobriu que a maioria se sentia amparada por familiares e amigos, além de achar que há mais futuro para uma criança com Down hoje em dia na Grã-Bretanha.
Cerca de 20% disseram que conheciam alguém com o problema e outros 30% afirmaram sentir que a situação melhorou para os portadores da síndrome.
Ainda assim, 30% citaram motivação religiosa ou contra o aborto (legalizado no país até as 24 semanas de gestação) e outros 20% disseram que simplesmente não acreditavam no resultado do teste.
NovelaLogo após a introdução de exames invasivos como a amniocentese e a biópsia de vilo corial, realizados durante a gravidez e que apresentam um resultado definitivo sobre a presença da síndrome, o número de casos de Down caiu de 717, em 1989, a 594 no início da década seguinte.
Mas dados do Registro Nacional de Síndrome de Down mostram que o número de nascimentos de bebês com o problema aumentou cerca de 15% em relação a todos os nascidos vivos desde 2000.
Para Carol Boys, diretora da Associação para a Síndrome de Down, disse que a pesquisa mostra como as mudanças na sociedade estão influenciando as pessoas.
"Hoje em dia existe muito mais inclusão e aceitação, e as escolas tiveram um papel fundamental", afirmou.
Ela cita como exemplo dessa mudança na sociedade o fato de um dos personagens de uma das novelas mais populares da TV britânica, EastEnders, ser um bebê com a síndrome.
BBC Brasil
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